quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Os Adventistas como objeto de estudo

Adventistas do Sétimo Dia (ASD) têm sido objeto de muitos estudos epidemiológicos. Os resultados dos mesmos sugerem fortemente que os ASD estão vivendo mais por seguirem certos princípios dietéticos herdados a partir de suas crenças religiosas, como vegetarianismo, ênfase no consumo de grãos integrais, frutas, hortaliças e abstinência de tabaco e álcool. Este artigo discute os resultados de um grande estudo epidemiológico conduzido com a população ASD californiana que evidencia as vantagens dos vegetarianos no alcance de maior longevidade e de menor risco de câncer e doença cardíaca quando comparados com californianos não-vegetarianos. Adventistas vegetarianos californianos tendem a ser menos obesos, bebem menos café, comem mais leguminosas e produtos à base de proteína vegetal. Além disso, exercitam-se com maior regularidade. Tanto a ausência de carne quanto a adição de frutas, castanhas e hortaliças parecem exercer uma grande influência na prevenção de câncer e doença cardíaca, bem como no aumento da longevidade.

Os ASD constituem um grupo religioso protestante que inclui cerca de [15] milhões de membros ao redor do mundo, com um total de 1.267.015 residentes no Brasil e 939.091 nos Estados Unidos da América (EUA), representando respectivamente o primeiro e segundo lugares na estatística da igreja (Seventh Day Adventist Church, 2005).

A experiência de saúde da população ASD tem sido estudada por pelo menos 51 anos. Existem mais de 300 artigos científicos abordando estudos sobre a saúde dos ASD publicados em periódicos científicos da Dinamarca, Holanda, Noruega, Japão, Austrália, além dos bem conhecidos estudos da Universidade de Loma Linda, Califórnia, EUA (Fraser, 2003a).

Evitar a carne e enfatizar o consumo de frutas, hortaliças e castanhas na dieta faz parte das crenças dos ASD, assim como a abstinência do uso de tabaco, álcool e a prática regular de atividades físicas. Para o propósito de investigações epidemiológicas, o uso ostensivo de tabaco, o consumo de álcool e de dietas com alto conteúdo de gordura pode confundir ou modificar os efeitos de outros fatores, dificultando o estudo. Na população adventista, essas características consideradas fatores de confusão estão praticamente ausentes, facilitando a observação de outros fatores. Esse aspecto aliado à ampla variedade de hábitos dietéticos que vão desde o vegetarianismo estrito até a dieta americana usual, tornam a população de ASD particularmente atraente para a investigação de doenças relacionadas aos hábitos alimentares.

Os resultados discutidos neste artigo foram tomados a partir do Primeiro Estudo Adventista de Saúde (Adventist Health Study-1, AHS-1). O AHS-1 (Beeson et al., 1989) constituiu uma investigação prospectiva que começou em 1974, projetada com o objetivo de verificar quais componentes do estilo de vida adventista oferecem proteção contra doenças. Inicialmente o AHS-1 focalizou o câncer; em 1981, o componente cardiovascular foi adicionado.
Nota: Publicações como a National Geographic e jornalistas como a Ana Paula Padrão também tiveram a atenção despertada pela longevidade dos adventistas que praticam o estilo de vida recomendado pela Igreja. Por enquanto, quem mais se destaca são os adventistas californianos. Bom seria que todos os adventistas (inclusive aqui no Brasil) chamassem mais a atenção das pessoas e da mídia por seu estilo de vida saudável.[MB]

http://www.criacionismo.com.br/2009/01/adventistas-como-objeto-de-estudo.html

Questão de estilo

O cardiologista Gary E. Fraser, 58 anos, é neozelandês e autor dos livros Diet, Life Expectancy, and Chronic Disease e Preventive Cardiology, publicados pela Oxford University Press. PhD em Epidemiologia pela Universidade de Auckland, estudou também na Universidade de Cambridge, com uma bolsa concedida pelo Instituto Nacional de Saúde. Diversos institutos e associações norte-americanos têm apoiado suas pesquisas, resultando em numerosas publicações a respeito do estilo de vida. Atualmente trabalha no Departamento de Epidemiologia e Bioestatística do Centro de Pesquisas da Saúde da Escola Pública da Universidade de Loma Linda. Casado com Sharon, tem dois filhos, Grant e Aline.

Em visita ao Brasil, em 2004, para participar do 5º Congresso Internacional de Nutrição, Longevidade e Qualidade de Vida, em São Paulo, concedeu esta entrevista a Michelson Borges:

Eu seu livro Diet, Life Expectancy, and Chronic Disease, o senhor analisa o resultado de estudos sobre doenças cardíacas e câncer. Quais são as evidências científicas de que uma dieta vegetariana ajuda a prevenir essas doenças e aumenta a expectativa de vida?

Os vegetarianos têm apenas 50 por cento do risco de doenças do coração. Se você considerar adventistas vegetarianos norte-americanos mais novos, de 40 ou 50 anos, o risco de ataques cardíacos, comparado com não-vegetarianos, é de apenas um terço. A vantagem dos vegetarianos mais idosos é um pouco menor. Mas, em geral, está bastante claro que doenças precoces do coração podem ser prevenidas com uma dieta vegetariana. Alguns acham que, no caso de câncer, há uma redução de cerca de 30 por cento, dependendo do tipo de câncer. Os vegetarianos têm uma vantagem de mais de nove anos na expectativa de vida. Se você acrescentar outros aspectos do estilo de vida, pode tornar essa vantagem bem maior. Enquanto 19,5 por cento dos norte-americanos (homens) sobrevivem à idade de 85 anos, 48,6 por cento dos adventistas vegetarianos conseguem a façanha.

Estudos também revelaram que adventistas que comem castanhas quatro ou cinco vezes por semana têm apenas a metade do risco de sofrer doenças cardíacas. De igual modo, percebeu-se que os adventistas que comem mais frutas têm um risco menor de sofrer vários tipos de câncer, inclusive de pulmão. Os que comem carne correm um risco maior de ter câncer de cólon, útero, ovário e próstata. Já os que consomem leite de soja são menos afetados pelo câncer de próstata. Isso, somado ao fato de os adventistas não fumarem, tornou-os um grupo interessante para pesquisar. O governo americano tem patrocinado os estudos.

Costuma-se dizer que uma dieta vegetariana ocasiona privação de vitamina B12 e, às vezes, de ferro. Isso é fato? Se sim, como minorar o problema?

Isso depende de como definimos vegetarianismo. No caso dos vegans, pessoas que não comem nenhum tipo de produto animal, a vitamina B12 é um problema em potencial. Até onde sabemos, os vegans deveriam usar um suplemento. A vitamina B12 é formada apenas por bactérias. Você a consegue através da carne porque o gado come capim sujo. Alguns especulam que, se não lavássemos as batatas tão vigorosamente antes de cozinhá-las, poderíamos conseguir um bom resultado. Porém, a evidência não é muito clara. À medida que as pessoas envelhecem, elas tendem a absorver menos vitamina B12. Então, é aconselhável usar um suplemento. Quanto ao ferro, a maioria dos estudos mostra que ele não é um problema para os vegetarianos, exceto talvez em uma ou duas situações especiais – uma criança em crescimento ou uma gestante.

Qual é o estilo de vida ideal para o ser humano?

O estilo de vida inclui muita coisa. Se você está falando de dieta e se fizer um julgamento baseado na saúde e bem-estar, a dieta adventista não tem concorrente. Não-adventistas talvez escolham a dieta mediterrânea. Porém, com exceção da carne, a dieta mediterrânea e a adventista são bem parecidas, enfatizando vegetais, frutas e castanhas. Outros aspectos do estilo de vida adventista, conhecidos há tanto tempo, incluem ar puro, luz solar, uso de água, exercício regular e moderado, temperança, repouso e confiança em Deus. Os benefícios desses aspectos têm sido comprovados pela ciência. A comunidade médica tem se interessado especialmente pela questão da vitamina D, que depende da luz solar. Naturalmente, deve-se tomar cuidado com o excesso de sol, para não ter problemas de pele.

Seu livro foi publicado pela prestigiada Universidade de Oxford. Qual a repercussão de suas pesquisas entre os acadêmicos e pesquisadores não-adventistas?

Meu livro é a síntese de cerca de 300 artigos sobre o estilo de vida adventista. A acumulação desse material causou um impacto significativo na comunidade da saúde. Os estudos sobre os adventistas são bem conhecidos pelos pesquisadores, muito citados no meio acadêmico e valorizados pelos médicos.

Ellen White diz que chegará um momento em que teremos que abandonar o regime cárneo. A doença da vaca louca e a gripe do frango, entre outras, não seriam uma indicação de que chegou esse tempo?

Acho que abandonar a carne é uma boa coisa que deveria ter sido feita há muito tempo. Uma questão diferente é se chegou também o tempo de abandonar os ovos. Mas isso não está tão claro.

Qual é a relação entre estilo de vida e a mensagem dos três anjos de Apocalipse 14?

É uma boa pergunta. Acho que ninguém me fez essa pergunta formulada assim antes. Podemos enfocar o assunto de várias maneiras. É possível que os adventistas vivam melhor, em parte, por causa de sua espiritualidade. Você pode assumir que a espiritualidade e o apoio social produzam uma mudança no estilo de vida, que produz um efeito na saúde. Talvez o estilo de vida nos ajude a pensar com mais clareza. Os alimentos contêm milhares de químicos e fitoquímicos, que exercem influência em nossa vida.

Você pode postular as duas coisas: que espiritualidade afeta a saúde física e que a saúde física afeta a espiritualidade. Há mais evidência no primeiro caso.

Se a dieta vegetariana é a ideal para os cristãos, por que tanta gente não a leva a sério?

Você quer dizer cristãos adventistas? Bem, isso é muito pessoal. Depende de como você recebeu esses valores quando era criança, depende do grupo social, do contexto cultural, da personalidade. Tentar ajudar as pessoas a mudar seu estilo de vida só porque isso seria mais saudável nem sempre funciona. Muita gente sabe, mas não muda. É o caso do cigarro. A pessoa conhece os problemas, às vezes até tem um câncer, mas não o abandona. A conscientização e a mudança de comportamento levam tempo. Além disso, é preciso ter acesso às alternativas. Em certos países, as companhias adventistas de alimentos são fortes. Em outros, não.

O que as igrejas poderiam fazer para promover o estilo de vida saudável apresentado no Espírito de Profecia?

Não conheço a realidade do Brasil. Mas nos Estados Unidos há mais de 40 Associações. Que eu saiba, apenas uma tem um departamental de Saúde efetivo. Várias Associações têm pessoas com esse título, mas elas combinam a tarefa com outras atividades. Acho que o tema da saúde, como parte da nossa herança, deveria fazer parte da disciplina ou formação espiritual da igreja, como a oração e o estudo da Bíblia. Não pode ficar apenas no nível da aceitação teórica e da conversa. É preciso desenvolver uma boa teologia da saúde, com base no conhecimento acumulado, e promovê-la. Isso deve começar de cima. Se os administradores e teólogos não mostrarem interesse e derem exemplo, fica mais difícil.

O que a mensagem de saúde adventista tem feito em sua vida?

Ela me mudou completamente em termos de vida profissional e em outros aspectos. Nasci numa família adventista vegetariana. Penso que sou mais saudável por isso. Não posso provar que, se eu não fosse vegetariano eu teria morrido de câncer de cólon cinco anos atrás, mas acredito em minhas pesquisas e penso que as evidências são poderosas. Porém, não devemos ser ultra-rígidos. Não há evidência de que comer carne uma vez ou outra, ou usar um pouquinho no condimento, represente perigo para a saúde. Temos de ter equilíbrio e bom senso.

Resuma, então, o que seria uma vida equilibrada.

Dieta vegetariana, sem extremismo, com um consumo moderado de ovos e leite. Uso de alimentos naturais e grãos integrais, evitando comida gordurosa. Além do cuidado com a dieta, praticar regularmente exercícios (até para controlar o peso), respiração de ar puro, exposição inteligente à luz solar, repouso adequado e confiança no poder divino. As evidências científicas estão mostrando cada vez mais que isso funciona. Não é apenas um elemento que aumenta a expectativa de vida, mas um conjunto de fatores.

http://www.entrevistas.criacionismo.com.br/2005/12/questo-de-estilo.html

Ser adventista é fator de longevidade

O estilo de vida dos adventistas do sétimo dia tem sido tema de pesquisas, estudos e de admiração nos meios científicos e na mídia, nos últimos tempos. A News Week, respeitada revista internacional, publicou o resumo de uma importante pesquisa cientifica sobre longevidade. A pesquisa foi feita por Lauren Streib e a matéria, de uma página, foi organizada por Robert De Ieso Jr., com o título “Como viver para sempre”. A reportagem, que leva em conta as mulheres, diz o seguinte: “Extraído da ciência, aqui está o que o leva a prolongar seus dias.” O autor relaciona 16 princípios responsáveis pela longevidade. O segundo recomenda: “Seja um adventista do sétimo dia.” Veja o que ciência descobriu e que pode ser fator de vida longa e saudável (principalmente para as mulheres, que vivem em média cinco anos a mais do que os homens):

1. Ser do sexo feminino.
2. Ser adventista.
3. Sua mãe ter menos de 25 anos quando você nasceu
4. Viver em uma área com pouca poluição.
5. Usar escova de dentes e fio dental diariamente.
6. Ser otimista.
7. Estar comprometido com o trabalho.
8. Ter marcadores genéticos de longevidade, capazes de combater os genes da doença de Alzheimer, câncer e outras doenças relacionadas à idade.
9. Viver em democracia.
10. Começar a escolarização formal após os seis anos de idade.
11. Beber pelo menos duas xicaras de chá por dia.
12. Comer 25% a 30% menos calorias de que a dose diária recomendada.
13. Não beber refrigerantes ou comer alimentos processados que contenham fosfatos.
14. Ser um fã de exercícios físicos
15. Comer uma dieta mediterrânea.
16. Ter seus ovários.



http://www.saude-familia.blogspot.com.br/2011/10/ser-adventista-e-fator-de-longevidade.html

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Arroz Branco ou Parboilizado?

Principais diferencas nutricionais entre Arroz Branco e Parboilizado
O arroz parboilizado é um arroz mais rico em vitaminas e sais minerais, pois passa por um processo de pré-cozimento, o que mantém as propriedades nutritivas do arroz. É ideal para ser preparado junto com outros alimentos, como carreteiro e galinhada.
Parboilizacao é o processo de pré-cozimento do grão, chamado de Tratamento Hidrotérmico. No arroz, em estado natural, as vitaminas e sais minerais estao localizados na película e no germe do grão. Com o pré-cozimento do processo de parboilização, estes elementos concentram-se no interior do grão. Os nutrientes ficam assim preservados, até as etapas finais de industrialização.
A origem do termo é derivada da expressão em ingles que significa cozimento parcial pelo qual o arroz é submetido antes do descascamento e polimento. O processo de parboilizacao baseia-se no Tratamento Hidrotérmico (pré-cozimento) a que é submetido o arroz em casca. E o interessante é que o processo de parboilização não utiliza agentes químicos, realizando-se somente através da ação da água e do calor.
O arroz parboilizado possui diversas vantagens: fica sempre soltinho quando cozido, rende mais na panela, requer menos óleo no cozimento, mantem suas propriedades nutritivas podendo ser reaquecido diversas vezes e conserva-se por mais tempo.

O arroz parboilizado não precisa ser lavado, nem levar óleo para o cozimento devido ao processo de parboilizacao. Se caso o arroz empapar, é só verificar a quantidade de água utilizada e o tempo de cozimento. Uma dica: utilize a panela semi-tampada para nao conservar o vapor e deixar o grão soltinho. Às vezes o arroz de uma safra nova pode requerer maior quantidade de água.
No arroz branco a casca, a película e o germe são eliminados no descascamento e polimento, sobrando apenas o endosperma (amido). Possui coloração esbranquiçada. Na culinária é utilizado como guarnição dos alimentos, não se misturando. É mais tradicional, sendo o mais utilizado pelos chefs de cozinha mundo afora. Precisa ser lavado antes do cozimento e usar óleo. Já o processo do arroz parboilizado mantem as propriedades nutritivas do grão (amido, vitaminas e sais minerais).
[Fonte: Camaquã Alimentos]

http://www.semglutensemlactose.com/nutricao/arroz-branco-parboilizado/